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Como lidar com a flexibilidade de horários?

Atualizado: 7 de abr. de 2020

Essa semana publiquei um vídeo curtinho, no insta @anapaulamedapsi, onde falei sobre a flexibilidade de horário que nós, psicólogos clínicos, experimentamos. Senti, então, a vontade de aprofundar um pouco mais esse tema, que é tão relevante pra nossa experiência pessoal e profissional.


Você já parou para pensar sobre isso?


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Todos os profissionais liberais, quando não vinculados a nenhuma instituição, experimentam maior flexibilidade de horário para o trabalho. Podemos escolher, por exemplo, se teremos um período ou um dia de folga durante a semana, se trabalharemos aos finais de semana e se faremos ou não um horário alternativo ao comercial.


Olhando assim, parece maravilhoso, né? E pode ser, sim! Mas, para isso, precisamos focar nossa atenção em alguns cuidados especiais no equilíbrio do nosso tempo, de forma que esse benefício seja controlado por nós.


Lembro que, assim que me formei - e tinha uma agenda inteirinha livre para marcar sessões - acreditava que tinha que estar disponível para atender a qualquer hora. Até porque, além da disponibilidade, eu tinha a crença de que trabalhar muito era sinônimo de prosperidade e, portanto, deveria sempre priorizar o trabalho em detrimento dos meus compromissos pessoais.

É natural que, no início, tenhamos essa ânsia pelo atendimento, já que queremos muito colocar em prática o que aprendemos, adquirir experiência e começar a ter um retorno financeiro do nosso trabalho. Porém, com o passar do tempo, percebemos que os horários que disponibilizamos para o trabalho e os horários de cuidado pessoal e lazer precisam estar em equilíbrio, e isso significa que temos que organizá-los!


Por que digo isso?

O trabalho do psicólogo clínico envolve presença e inteireza na relação com nossos clientes. Portanto, durante o atendimento não há espaço para uma olhadinha nas redes sociais, para pensar na lista do supermercado ou para ligar para casa e saber se esta tudo correndo bem. Ser psicoterapeuta implica estar presente na relação terapêutica a serviço do cliente.

Somos instrumento ativo do nosso trabalho e, por isso, cuidar do nosso bem estar significa também cuidar da qualidade do nosso trabalho, da nossa presença terapêutica. Você concorda?


Então, aqui vão algumas dicas para você organizar melhor seus horários:

1 - Avalie quantas horas por semana você está disposto a atender e, em seguida, distribua essas horas pelos dias da semana, de acordo com sua disponibilidade ideal. Ex: quero atender 20h por semana e desejo distribuir esses horários em 4 dias da semana, atendendo 5 pessoas por dia.

Respeitar esses horários te trará maior tranquilidade quando um cliente entrar em contato para marcar uma sessão.


2 - Defina quais horários você irá disponibilizar para o trabalho além do atendimento, como escrever relatórios, fazer supervisão, estudar os casos dos clientes, escrever artigos, realizar publicações profissionais. Sim, esse tempo também conta como hora de trabalho!


3 - Equilibre a sua agenda pessoal e profissional: evite desmarcar seus compromissos pessoais, como atividade física, sua própria terapia, saída com os amigos e lazer em geral.

A menos que esteja tratando de um caso grave, que demande maior disponibilidade sua, avalie a serviço do que você passaria por cima dos seus compromissos pessoais já agendados.

Sabemos que os imprevistos acontecem e, por isso, também é parte do nosso trabalho estar aberto a flexibilizar nossa organização. Mas é muito importante que mantenhamos a nossa disciplina e comprometimento, tanto com os horários que disponibilizamos para o nosso trabalho quanto com o que destinamos ao autocuidado.


Lembre-se que você é o seu chefe e seus resultados estão diretamente ligados às metas e planejamentos que você transforma em ação!

 
 
 

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